sexta-feira, 13 de abril de 2018

Situação atual da Serra do Corvo Branco - abril de 2018

Mais uma vez, depois de algum tempo deixado às traças, volto a escrever algo no meu blog. Desde então já mudei de moto, já mudei os cabelos, já fiz tantos outros tratamentos e apesar deles a moto segue sendo uma grande paixão. Desde minha última descida triunfal com a shadow 600 na serra do Corvo Branco, com direito a "comprar um lote" (cair, estabacar) e mão luxada que tinha vontade de voltar. Tinha jurado só voltar quando estivesse tudo asfaltado. Isso foi em 2013 e não foi uma grande ideia esperar pela boa vontade do poder público. Esse lugar exerce uma atração sobre mim tanto quanto a lua exerce sobre as marés, estava agoniada para voltar, só que agora com uma HD XL 1200 e meu namorido que tinha ido com uma Boulevard 1500 foi agora com uma HD 883R. Eu nem ligaria de enfaixar a mão de novo, mas a moto...

Chamei meu namorido, parceiro de retardadices e aventuras tresloucadas e disse que queria dar um passeio somente para conferir a situação da pavimentação posto que já tinha certeza que sem pavimentação seria outro capote. Resolvemos ir por Grão-Pará. A cada trecho cabuloso íamos parando alguém e perguntando como estava adiante, o resultado foi que cruzamos a fronteira mais uma vez.

No trecho de Grão Pará ao pé da serra, há somente um trecho de mais ou menos 1km sem pavimentação bem tranquilo de fazer com qualquer moto, exceto o começo que exige atenção por ser uma rampa íngreme de cascalho solto para quem estiver "de jaca" assim que nem eu. Seguem algumas fotos:

Foto 1
Foto 2
Foto 3

Foto 4
Na foto 4 é possível ver que a subida da encosta que vai para os cotovelos é de chão, de cascalho, para subir não é tão complicado, vai bem de boa mesmo de moto custom, mas exige atenção pela irregularidade, ora cascalho, ora cabeça de pedra, ora o que sobrou de um asfalto que tinha por ali. 
Foto 5

Foto 6

Foto 7

Foto 8

Foto 9

Foto 10
Os cotovelos mais fechados tem um asfalto velho mas que não dá para chamar de ruim, chega a dar um alívio passar por ali e logo em seguida se chega ao corte de pedra, na mesma situação de sempre, asfalto ruim (mas asfalto) e a vista mais deslumbrante que compensa qualquer coisa, e a energia do lugar, essa que me atrai.

Do corte de pedra, seguimos para Urubici. 5 km com muita descida, muito cascalho, valetas de chuva, curvas e pedras soltas. Para descer, uma bosta. Mas desci, como se estivesse num patinete mas desci, e não caí. Perto do asfalto lá embaixo um pequeno trecho com brita solta, "delícia" de andar.

Talvez seja mais jogada realmente subir por Urubici e descer a serra do que fazer o trajeto que fizemos, mas lembrando que o trecho não pavimentado e reto dos cotovelos até o asfalto em Aiurê é longo, íngreme e cascalhoso.
Foto 11

Foto 12

Foto 13
Conclusão: 95% do trecho excelente, 3% ruim mas tranquilo de fazer com paciência e uns 2% que não são de Deus, são do poder público falido mesmo, mas pra quem tá muito a fim, vale encarar. Eu só desaconselharia custom com muito peso, tralha porque se chegar a derrapar, a coisa pode ficar bem complicada. Espero que as fotos ajudem os que estão curiosos a se decidirem se vão ou não, o relato é uma experiência pessoal, o que foi assustador para mim pode não significar nada para uma outra pessoa e vice-versa. Assim que eu tiver filmes editados farei um adendo à essa publicação. Grande abraço a todos!

Recomendações: Se passar por Urubici, provar a truta e as massas do restaurante La Fondue Müller. Os preços são acessíveis e a comida divina:





Antes do Mirante da Serra do Rio do Rastro, obrigatório comer uma paçoca de pinhão di-vi-na e no empório Aparados da Serra.

E por fim, depois de descer o trecho de urubici, logo no trajeto encontramos muita hospitalidade na pousada rural Casa de Pedra. Linda, aconchegante, com um café da manhã delicioso e pessoas que nos receberam como se fôssemos de casa.