quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Buscando Alternativas



Dia desses estava lembrando que precisava atualizar meu blog, afinal coisas para escrever não faltam, nem tempo também. Talvez tenha faltado mesmo vergonha, pois acabo de constatar que há quase três anos não apareço mais por aqui.

Desde a última postagem, muitas coisas aconteceram. Tentarei retomar de onde parei. O dito psiquiatra que me foi indicado se mostrou mais sem noção que eu. Passei um tempo sem medicação e depois comecei a tomar um medicamento utilizado para conter convulsões em epiléticos. Nas consultas até perguntava sobre o estado emocional e mesmo eu dizendo que estava melhorando e reagindo, vinham os aumentos de dose, o que eu particularmente não gosto, mas fui obedecendo, afinal o profissional era ele. Como não gostei da forma como era tratada, resolvi mudar de profissional, continuando com o acompanhamento da psicóloga.

Passei por outros dois que, atendendo por convênio, me recebiam numa consulta de 15 minutos e davam receita de qualquer coisa que eu dissesse que estava tomando ou gostaria de tomar, e mal perguntavam como me sentia, até que ao ultimo, que continuou com tratamento com o mesmo anticonvulsionante só que de outro laboratório, eu falei que não queria mais tomar aquela porcaria, pois eu não sentia nem irritação, nem dor, nem alegria e nem tristeza e que no mínimo na vida a gente precisa sentir essas coisas e aprender a reagir a elas. Ele disse que era o que tinha, mas poderia me dar MAIS remédios.

O tratamento de saúde mental no nosso país é considerado luxo, é praticamente inexistente e mesmo a quem tem convênio é ridículo e vergonhoso. Chapar alguém de remédio ad eternum além de ser bom à indústria farmacêutica do ponto de vista do lucro, é bom para os médicos que podem atender em série, em 15 minutos todos os seus problemas saem resolvidos. Mas e quem quer se transformar? Quem quer encarar, faz o quê?

Lembrei de um dos primeiros tratamentos que fiz na década de 90, quando não sabia nada de nada e me pegaram pelo braço e me levaram num médico que dava remédios que pareciam panacéias e mandava ler livros. Ignorante e sem noção, falei que o cara era muito louco e nunca mais voltei.

Vinte anos depois me deu o estalo, aquele cara muito louco trabalhava na linha da medicina antroposófica e essa foi a única saída que encontrei para tentar voltar a um estado normal. O tratamento com a psicóloga durou quase dois anos e foi muito importante para me ajudar a ver com outros olhos coisas do dia a dia que estavam minando minha sanidade. Encerrei o tratamento com ela e passei a me tratar unicamente com o “psiquiatra da medicina antroposófica”. Descobri que ele não atende por convênio e resolvi mais uma vez abrir mão de outras coisas para investir em mim, e tem valido a pena.

De forma bem ignorante da minha parte, o entendimento que tenho sobre a medicina antroposófica é o seguinte: ela observa o estado emocional das pessoas, analisa como isso influencia em seu estado físico e com base em uma análise do todo, são feitas as fórmulas que levam elementos a base de minerais, plantas, metais, animais, que vão tratar cada ser individualmente, me corrija alguém se eu estiver errada, mas de forma bem simplista é basicamente isso.

Troquei as malditas tarjas pretas por essas fórmulas e em um ano com elas estava liberada de tratamento para ansiedade, acabei permanecendo pois além de precisar de vigilância constante por conta da ansiedade, tenho tratado outras coisas como dores articulares e gastrite, com resultados excelentes. Para aquelas pessoas que querem tentar algo diferente, recomendo procurar um profissional da área. Agora chega de falar de remédios e vamos voltar ao motociclismo. Isso fica para o próximo post!

Fonte da imagem: http://mundo-de-ideias.blogspot.com.br/2014/06/a-esperanca-e-um-ato-de-resistencia.html


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