Dos treze anos que separam o dia de hoje do primeiro dia em que tremi feito vara verde em cima de uma moto, a primeira palavra que me vem à cabeça é gratidão. Andar de moto até hoje só me trouxe benefícios pessoais como auto-estima (sim, eu também sou capaz), melhora na concentração, na atenção e na própria definição da auto imagem. Tem os sociais: conheci muita gente que vale a pena, inclusive meu marido, melhor companheiro para a vida, através do motociclismo.
No começo deste ano, tive a grata satisfação de conhecer o Ramon, do canal Born to be Uai, que já há dois anos posta uma série de entrevistas com mulheres motociclistas onde elas dizem quando começou seu contato com o mundo das motocicletas, quais as dificuldades que tiveram, como se sentem pilotando e qual conselho deixa para quem quer se aventurar por esse mundo.
Esse canal e em especial essa série, tem uma sacada incrível, pois em geral tendemos a idealizar quando vemos uma mulher andando em qualquer moto, pequena, grande, que aquela motociclista nasceu pronta, que não é "gente como a gente", que tem medo, que erra, que deixa aquele motão cair e rala a pintura, que esquece o pezinho na hora de estacionar, que chorou de medo em cima de sua máquina alguma vez na vida achando que não ia dar conta. Ver a história de cada uma é um fator encorajador para que mais mulheres se achem igualmente motivadas mesmo não tendo "nascido prontas", o que é uma grande bobagem. Tornar-se pilota é uma construção, e mesmo com muitos anos de prática erramos e ainda sentimos algum medo e é também libertador dividir isso com outras pessoas.
No último sábado tive o privilégio de deixar meu depoimento no canal, estava apavorada, mas o Ramon sabe deixar a gente à vontade para falar, e fiquei muito feliz com os retornos do depoimento no canal. Gostaria de dizer a todas que sentir a identificação de vocês com o que foi falado também me faz sentir mais forte, só tenho a agradecer as palavras de carinho. Foi meio penoso no começo, deu vontade de desistir, bem no fim tive o incentivo de pessoas que acreditaram mais em mim do que eu mesma me dizendo para não parar, então espero que vocês também estejam cercadas de pessoas assim, e quando não estiverem, assistam novamente aos depoimentos do canal, nunca deixem ninguém convencê-las de que vocês não tem perfil ou não conseguem, a perfeição vem da prática.
Ramon, obrigada pelo espaço e pelo carinho, obrigada por incentivar mais mulheres a pegar a estrada!
Seguem as entrevistas do último sábado: 18/04/2020.
no instragram: @borntobeuai
Adriana do céu! Eu não esperava por isso e me pegou completamente desprevenido. Eu não consigo colocar em palavras como fico feliz de você ter ido lá no Bolha´s, dado esse role, sentado com esse cara maluco pra contar sua história..e deu tão certo assim! Fico tão feliz de ter te deixado à vontade pra contar sua história e que baita história viu, mulher? Nessa semaninha que tá no ar teve tanta gente que amou, chorou, se identificou, inspirou e se arrepiou com seu relato. Obrigado pela confiança, obrigado pela humanidade, obrigado pela abertura, pela sensibilidade, pela honestidade e pelo apoio que eu tenho certeza que você dá e dará muito mais a futuras mulheres motociclistas!
ResponderExcluirAdriana, Obrigada por compartilhar a sua história. Foi importante para mim, tenho ansiedade e me identifiquei muito com a maneira como vc descreveu sua história, os sintomas do medo, em fim e é muito bom ver o caminho e onde você chegou. Acredito que muito mais está por vir e que mais mulheres possam encontrar essa felicidade por superar seus medos e dificuldades. Ramon,obrigada por fazer este trabalho! Quem sabe um dia nós encontramos por aí!
ResponderExcluirMeu nome é Thais Sales sou de São Paulo-SP e sou uma mulher motociclista ❤️
Thaís, vai na fé, respeitando teu tempo e desafiando o medo quando achar que consegue, não tendo pressa e persistindo tu consegues ir longe sim. Imagina daqui há uns tempos vc dando esse mesmo tipo de depoimento e encorajando mais outras que ainda estão por vir��
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